Casa do Porrão
Tratava-se de um agrupamento
populacional que, em 1999, de acordo com um comunicado da
presidência do Governo Regional da Madeira, publicado no Jornal da
Madeira em 21 de Fevereiro, era composto por 153 pessoas,
distribuídas por 24 agregados familiares, que residiam num espaço
físico sem as mínimas condições de habitabilidade, marcado por
problemas sociais de vária natureza, que iam desde o absentismo
escolar à ausência de qualificação profissional.
Neste agrupamento populacional, o Governo iniciou em 1991, um
programa de formação social, criando o Centro da Terra Chã, onde
funcionou uma unidade de Actividades de Tempos Livres e um
Jardim-de-infância, que, em 1999, abrangia 42 crianças e 95 no A.T.L.
(ocupação dos tempos livres).
Neste mesmo Centro, gerido pelo Centro Social e Paroquial do Carmo,
foi também criado um espaço destinado à formação de base das
"Senhoras do Bairro do Porrão", formação essa que incidiu na gestão
dos recursos familiares, na confecção dos alimentos, na limpeza e
arrumos da casa, no tratamento da roupa, assim como ocupação dos
tempos livres, isto com o objectivo de prepará-las para
posteriormente virem a ocupar instalações habitacionais mais
condignas.
Com efeito, a quando o Centro de
Convívio da Terra Chã já havia sido adquirido pela Segurança Social,
numa iniciativa levada a cabo pela Cáritas paroquial do Carmo, um
terreno no valor de 10 mil contos, destinado a construir alojamentos
para as famílias que habitavam a Casa do Porrão, construção essa
integrada no projecto de luta contra a pobreza, denominado de "A
Caminho do Futuro".
Na sua edição de 2 de Setembro de
1993, o Jornal da Madeira, referiria que "O Programa de Luta Contra
A Pobreza, iria providenciar novas habitações para realojar estas
famílias.
Na sua reunião de18 de Abril de
1996, a Câmara Municipal de Câmara de Lobos delibera abrir concurso
para a execução da empreitada de " Realojamento das Famílias da
"Casa do Porrão "Conjunto Habitação da Quinta do Leme", pelo valor
base de 177 mil contos, a ser comparticipada na totalidade pelo IHM
e IGAPHE, empreendimento que, na sua reunião de 19 de Setembro de
1996, é adjudicado à Firma Vicente Pestana Aragão, Lda.
Este complexo habitacional
construído junto ao caminho da Aldeia e constituído por 28
apartamentos tipo T3 e T4, viria a ser inaugurado no dia 22 de
Fevereiro de 1999, pelo presidente da República, dando assim
cumprimento a uma promessa feita meses antes a quando de uma sua
visita à Madeira e a Câmara de Lobos.
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