CÂMARA DE LOBOS - DICIONÁRIO COROGRÁFICO

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Link para site oficial da Casa do Povo do Estreito

 

 

 

TOMADA DE POSSE DOS CORPOS SOCIAIS EM 1991

 

VÍDEO

Vídeo da da tomada de posse dos Corpos Sociais

 

 

SONS

Leitura da acta de posse

 

Discurso de Manuel Pedro Freitas, presidente da Junta de Freguesia do Estreito

 

Discurso de João Gualberto Ferreira, presidente da Direcção

 

Discurso do Eng. Perry Vidal, Secretário Regional da Economia

 

Discurso de Gabriel Gregório Ornelas, presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos

 

 

TOMADA DE POSSE DOS ÓRGÃOS SOCIAIS EM 1996

 

Discurso do presidente da Assembleia Geral

 

Discurso do presidente da Direcção

 

Discurso do Secretário Regional da Agricultura e Pescas

 

 

ACTIVIDADES

Vídeo das actividades realizadas em 2007

 

 

Casa do Povo do Estreito de Câmara de Lobos

 

Cerimónia de inauguração da Casa do Povo do Estreito

Criada por alvará de 26 de Fevereiro de 1970, a Casa do Povo do Estreito de Câmara de Lobos foi, depois das da Camacha, Santo António, Porto Santo e Boaventura, a  quinta que se criou na Ilha da Madeira e a primeira a surgir no concelho de Câmara de Lobos.

A sua inauguração solene teve lugar no dia 28 de Maio de 1970 e contou com a presença, entre outras individualidades, do Governador Civil do Distrito, Coronel António Braamcamp Sobral, do Bispo da Diocese do Funchal, D. João Saraiva, do Delegado do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, Dr. Rui Albuquerque, do Presidente da Caixa de Previdência, Dr. António Ascensão Gomes, do Presidente da Junta Geral, Coronel Fernando Homem da Costa e do Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, António Prócoro de Macedo.

Três anos depois, no dia 14 de Setembro de 1973, no decurso do acto solene de entrega dos alvarás, estatutos e da posse dos corpos gerentes das Casas do Povo do Curral das Freiras e de Câmara de Lobos, seriam também entregues um alvará de alteração dos estatutos da Casa do Povo do Estreito de Câmara de Lobos na sequência do alargamento das suas actividades à freguesia da Quinta Grande e aos sítios do Facho e Cruz da Caldeira, da freguesia de Câmara de Lobos.

O principal impulsionador para a sua criação foi João Gomes, que viria a ser também o seu primeiro presidente. A sua preocupação pela crise que a agricultura estava a atravessar, motivada pela fuga dos trabalhadores para o estrangeiro ou para outras profissões,  nomeadamente para a construção civil, onde dispunham, contrariamente ao trabalho agrícola, de regalias em termos de assistência médica e medicamentosa e ainda acesso a abono de família e reforma, constituíram as motivações, para que abraçasse a iniciativa da criação da Casa do Povo, instituição vocacionada para dar aos agricultores este tipo de regalias sociais.

Contudo, nesta tarefa, não poderemos deixar de salientar o papel do Dr. António Vitorino de Castro Jorge, que perante, as preocupações de João Gomes, a propósito do abandono a que a agricultura estava sendo votada, o informa da importância das Casas do Povo, na solução do problema e o incentiva a dar os passos necessários com vista à sua criação.

Após dois meses de árduos trabalhos, a Casa do Povo do Estreito estava finalmente criada. Durante este período, muitas dificuldades João Gomes teve de vencer. Para além dos contactos necessários com vista à sua criação, o aluguer das instalações que lhe servissem de sede, revestiram-se de algumas dificuldades, uma vez que não foi sem alguma reserva que um sector da população,

desconhecedora dos seus benefícios, a aceitou e, por isso, ninguém queria disponibilizar o espaço necessário. Além disso, e, talvez com maior peso na recusa desse aluguer, estava ainda o risco do seu proprietário nunca mais poder dispor de tais instalações, dado o arrendatário ser o Estado.

No entanto, depois de intensa procura e algumas recusas, João Gomes, consegue que Francisco Garcia lhe arrende uma casa devoluta situada ao sítio da Ribeira da Caixa, e aí seria, então, instalada a Casa do Povo do Estreito.

Posteriormente, a Casa do Povo muda-se para o sítio da Ribeira Fernanda, ficando instalada naquela que foi a residência do Dr. João Vicente da Silva e, com a sua morte, propriedade do 1º Barão de Ornelas.

Contudo, depois do 25 de Abril de 1974, importantes alterações são introduzidas a nível do sistema de saúde e são criadas as Direcções Regionais de Segurança Social, factores que vieram retirar a algumas Casas do Povo a razão da sua existência, principalmente naquelas onde as actividades recreativo-culturais, não existiam ou eram deficientes e, desta forma, a Casa do Povo do Estreito, já numa fase em que, por motivos de saúde do seu principal impulsionador se tinha retirado da sua chefia, haveria de se extinguir.

Em 1990, depois de passados cerca de 15 anos de inactividade da Casa do Povo, Manuel Pedro Silva Freitas, empossado nesse ano como presidente da Junta de Freguesia do Estreito, consciente das carências da freguesia no plano recreativo, cultural e formativo e da importância que esta estrutura poderia, nesse aspecto, vir a desempenhar, inicia o processo que haveria de conduzir à sua reactivação. Efectivamente, após um pedido de intervenção a esse propósito efectuado junto de Sua Exa. o Sr. Presidente do Governo Regional, Dr. Alberto João Jardim, por parte da Junta de Freguesia, a Casa do Povo é reactivada por despacho da Secretaria Regional da Economia, de Setembro de 1990 e, a 14 de Dezembro de desse mesmo ano são 

empossados os seus corpos gerentes, presididos por João Gualberto Ferreira.

João Gomes João Gualberto Ferreira

Dada a inexistência de instalações, a Casa do Povo esteve a funcionar provisoriamente no edifício da Junta de Freguesia, passando a 14 de Maio de 1996, para as suas instalações definitivas, nesse dia inauguradas, por Sua Exa. o presidente do Governo Regional da Madeira, na rua Capitão Armando Pinto Correia.


   

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Manuel Pedro Freitas

Câmara de Lobos, sua gente, história e cultura