Cemitério de Câmara de Lobos
Ainda que em 13 de Agosto 1836, a Câmara tivesse enviado ao
Governador Civil uma relação das localizações onde em cada freguesia
deveria ser construído o respectivo cemitério, relativamente ao de
Câmara de Lobos, é proposto, mas não aceite, um local situado no lugar
do Pastel, hoje englobado no sítio do Espírito Santo.
Em consequência disso, a opção
ao que se julga saber terá ido no sentido de o instalar no sítio de
Belém, tendo sido mesmo em 1838 e 1839, autorizadas despesas do
orçamento para aquisição dos respectivos terrenos.
Mais tarde, em 3 de Janeiro de
1840, Francisco Nunes Pereira de Barros, então administrador do
Concelho, ao dar posse a um novo elenco camarário chama a atenção para
a necessidade da edificação dos cemitérios nas freguesias do concelho
e, relativamente ao de Câmara de Lobos, refere que achando-se
empreendido o desta vila, mas há tempos sem andamento, dizendo-se
achar-se o oficial de pedreiro ajustado e pago há muito tempo, para
fazer parte daquela obra, sem disso ter tratado.
Depois disto nada sabemos até 1856, altura em que já o encontramos
implantado no sítio do Pastel, mais propriamente no lugar conhecido
por Encruzilhadas e onde, a 6 de Novembro desse ano é dada autorização
para o pagamento do seu calcetamento e das despesas com a sua porta; A
elaboração do regulamento para as retribuições e pagamento dos côvados
e enterramentos foi deliberada na sessão camarária de 11 de Novembro
de 1856 e deveria estar concluída no dia 18 desse mesmo mês; a 23 de
Abril de 1857 é feita a arrematação de pedra necessária à construção
provavelmente do muro do cemitério e a 3 de Junho do mesmo ano, feita
a arrematação do seu feitio.
Terá este cemitério só sido
construído em 1855/1856 ou terá sido antes? É uma questão que se tem
obrigatoriamente de colocar, mas para a qual a falta de livros de
actas entre 1835 e 1855, nos impede, neste momento de responder!
Depois de 1856 o cemitério
seria, ao que se supõe, ampliado e no seu interior seria construída
uma capela em honra de Nossa Senhora das Dores, cuja sagração teria
lugar a 18 de Fevereiro de 1877.
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