Estrada
Pe. António Silvino
Gonçalves de Andrade
Caminho existente na freguesia da Quinta
Grande, estendendo-se entre a rua Prof. Alice do Carmo Gonçalves de
Azevedo Pereira, no centro da Quinta Grande, e o Cabo Girão. Orçou a
sua construção em 105 mil contos e foi inaugurada no dia 20 de
Setembro de 1991. Na sua sessão de 9 de Julho de 1998, a Câmara
Municipal de Câmara de Lobos atribuí-lhe o nome do
Padre António Silvino
Gonçalves de Andrade.
As obras de terraplanagem da estrada hoje denominada
de padre António Silvino Gonçalves de Andrade, levadas a cabo pela Câmara
Municipal de Câmara de Lobos, foram iniciadas no decurso de 1982,
prolongando-se, no entanto, até por volta de 1985, não porque fosse muito
extensa, mas porque as obras estiveram por largos períodos paradas.
Para a sua abertura, entre outros, haverá que destacar o papel de João de
Carvalho, na altura presidente da Junta de Freguesia da Quinta Grande, uma vez
que terá sido um dos seus principais impulsionadores.
Depois de terraplenada, permaneceria a estrada em terra até o início do ano
de 1990.
A pavimentação da estrada
Na sua sessão camarária de 30 de Novembro de 1988, foi deliberado abrir
concurso para a elaboração de projecto destinado às obras de
beneficiação e pavimentação, que seria adjudicado, na sessão camarária
de 29 de Dezembro de 1988, à CEPROMAD - Centro de Estudos e Projectos
da Madeira Lda.
A sua construção foi integrada no plano de actividades camarárias para o ano
económico de 1989, com a designação de projecto de beneficiação e
pavimentação da estrada municipal que liga a Igreja da Quinta Grande
ao Cabo Girão, designação essa que, por deliberação camarária de 14 de
Setembro de 1989, passa, ainda que necessitando de autorização da
Assembleia Municipal, para a de construção do caminho municipal entre
o sítio da Igreja e Cabo Girão - 1ª fase.
Ainda na sessão camarária de 14 de Setembro de 1989 é deliberado solicitar à
Assembleia Municipal a necessária autorização para que os encargos
financeiros com a 1ª fase da construção desta estrada fosse repartida
por várias gerências.
A 4 de Outubro de 1989 foi deliberado abrir concurso público para
adjudicação da empreitada de construção desta estrada, sendo de
93.087.297$00 a respectiva base de licitação. Na sessão de 30 de
Novembro de 1989 a obra é adjudicada à empresa Gaspar de Andrade &
Filhos Lda. pelo valor de 81.290.764$00, sendo o respectivo contrato
assinado a 31 de Janeiro do ano seguinte.
Ainda que em 30 de Agosto de 1991, um ofício do construtor desse por
concluídas, nesse dia, as suas obras, e por isso pudesse a estrada ser
inaugurada, algumas obras ter-se-ão ainda continuado a fazer. A 6 de
Fevereiro de 1992, é solicitada pelo construtor a sua recepção
provisória e a 29 de Dezembro de 1993 tem lugar a sua recepção
definitiva.
A sua inauguração teve lugar no dia 20 de Setembro de 1991, num acto
presidido por Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional da
Madeira.
A denominação da Rua
Desde a sua abertura foi esta estrada conhecida por caminho do Aviceiro, em
virtude de, no seu percurso, atravessar o sítio da freguesia da Quinta
Grande, com esta denominação, sítio esse onde nasceu, em 1988, o hoje
denominado
Grupo de Folclore
da Casa do Povo da Quinta Grande
e onde a tradição popular referencia que, em tempos, terá existido uma
capela denominada da Cadeirinha.
Por proposta da Junta de Freguesia da Quinta Grande, a Câmara Municipal de
Câmara de Lobos, na sua sessão de 9 de Julho de 1998, deliberou
atribuir a este arruamento a denominação de estrada Padre António
Silvino Gonçalves de Andrade. Ainda que a deliberação seja omissa
relativamente às razões que levaram a Junta de Freguesia a formular a
proposta, são tidas como razões para esta homenagem, a estreita
relação do homenageado com esta freguesia, onde foi pároco, onde tinha
uma propriedade e onde viveu e na qual mandou erigir uma capela em
honra de Santo António. Para além disso, a figura do padre António
Silvino Gonçalves de Andrade é também enriquecida pelo facto de ter
sido, ainda que por pouco tempo, presidente da Câmara Municipal de
Câmara de Lobos. Será preciso também não esquecer que apesar de hoje a
Quinta Grande ser uma freguesia autónoma, até 1848 não existia como
freguesia, mas sim fazendo parte do Campanário, o que faz com que
facilmente se compreenda que algumas personagens, como é o caso do
padre António Silvino Gonçalves de Andrade, tendo nascido na freguesia
do Campanário, na altura em que a Quinta Grande lhe pertencia, sejam
também aceites e reconhecidas como suas.