CÂMARA DE LOBOS - DICIONÁRIO COROGRÁFICO

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Lopes, Alferes Manuel Joaquim (? - 1847/52)

 

 

Proprietário agrícola, muito provavelmente natural da freguesia de Santo António, onde nasceu em data que desconhecemos, tendo falecido, em Câmara de Lobos, entre 1847 e 1852 [1].

Era filho do Capitão Manuel Joaquim Lopes [2], natural da freguesia de Santo António e de Francisca Júlia Pinto, natural da freguesia de Câmara de Lobos. Era neto materno de João Gomes Serrão e de Antónia Maria Pinto [3], residentes no lugar da Lapa, freguesia de Câmara de Lobos [4].

Casou na capela de Nossa Senhora da Boa Hora, no dia 27 de Junho de 1835, com Rosa Augusta da Silva, filha do Ajudante José Figueira da Silva e de Antónia Figueira, naturais da freguesia do Estreito [5], de quem teve:

1.  Manuel Joaquim Lopes (1837-1921), nascido a 8 de Novembro de 1937 e falecido a 9 de Maio de 1921. Casou na igreja de São Sebastião, no dia 17 de Junho de 1877, aos 39 anos de idade com Maria Matilde da Silva Lopes, de 16 anos, natural do Estreito de Câmara de Lobos, mas a residir no sítio da Lourencinha, freguesia de Câmara de Lobos, filha de José Figueira da Silva (proprietário) e de Maria Augusta da Silva, ambos naturais do Estreito de Câmara de Lobos e de quem teve descendência.

 

O Alferes Manuel Joaquim Lopes, terá exercido as funções de presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, pelo menos em 1847, sendo na altura vereadores Joaquim Figueira da Silva, João Gualberto Pinto e João Teixeira de Agrela.

Para além de presidente da Câmara, cabe a Manuel Joaquim Lopes o mérito de ter sido o primeiro Administrador do Concelho de Câmara de Lobos. Efectivamente nas primeiras eleições realizadas para o efeito, a 4 de Outubro de 1835, foi o elemento que obteve maior votação e aquele que, dos três propostos ao então Governador da Madeira, para a respectiva nomeação, mereceu a sua escolha. Ter-se-á mantido nessas funções até 1839, altura em que é substituído pelo Capitão Francisco Nunes Pereira de Barros.

Em 1998, por deliberação camarária de 12 de Novembro, a Câmara Municipal de Câmara de Lobos, deliberaria atribuir o seu nome a uma arruamento situado na Panasqueira.


 


[1]     É difícil de determinar a data exacta da sua morte devido à inexistência do livro 10º de óbitos da freguesia de Câmara de Lobos, onde estão os registos dos óbitos ocorridos entre 1842 e 1853. A existência de um índice alfabético dos registos deste livro permite-nos situar, com toda a certeza, a sua morte neste período e pela posição a que está referenciado o registo, folha 106, poderemos admitir que a sua morte não deverá ter acontecido em data muito posterior a 1847, ou seja, muito depois do ano em que é suposto ter ocupado a presidência da Câmara Municipal. A sua assinatura num casamento registado na igreja paroquial do Estreito de Câmara de Lobos, no dia 15 de Fevereiro de 1836.

[2]     Terá falecido em (Maio?) de 1835

[3]     Ver ARM, Registos Paroquiais - Casamentos, Câmara de Lobos Lº.313, fls.53, a fim de confirmar se se trata ou não do registo de Casamento.

[4]     CMCL - Livro 2º de Registo de Testamentos, pg. 34.

[5]     ARM, RP, Câmara de Lobos, Lº.315, fls.72.

 

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Manuel Pedro Freitas

Câmara de Lobos, sua gente, história e cultura