Museu da Imprensa da Madeira
Museu
da Imprensa - Madeira é um museu instalado no centro da
cidade de Câmara de Lobos. Ocupando uma parte substancial de um edifício
onde também se encontra a Biblioteca Municipal de
Câmara de Lobos, o Museu da Imprensa foi inaugurado
no dia 1 de Agosto de 2013 e tem em exposição um
importante expóleo de máquinas provenientes de
várias tipografias regionais, algumas ligadas
à impressão de jornais.
A
sua construção partiu de uma iniciativa de
Arlindo Gomes, presidente da Câmara Municipal de
Câmara de Lobos.
Cerca
de 4 anos antes, no dia 3 de Maio de 2009, por ocasisão da
inauguração da Biblioteca Municipal de Câmara de
Lobos, a construção deste museu foi apresentada no
âmbito de um projecto denominado de Espaço
Gutenberg - Universo da Imprensa e Comunicação. Este espaço pretendia ser mais do que um museu onde para além do
espólio histórico e documental privilegiaria as novas
tecnologias, encontrava-se ainda em fase de projecto e contava
com a colaboração do Museu Nacional da Imprensa.
Por
ocasião da inauguração do museu da Imprensa da
Madeira, um texto publicado no site oficial da CMCL referia:
Este Museu é, segundo a autarquia, um “projecto inédito” no arquipélago
na forma de abordar a comunicação e a imprensa, com um “considerável
património histórico” tipográfico, litográfico ou cinematográfico,
destacando-se “alguns equipamentos e máquinas originais dos séculos XIX e
XX”.
À agência Lusa, o director do Museu Nacional da Imprensa e autor do
projecto museográfico [de Câmara de Lobos], Luís Humberto Marcos, realçou [...] a importância
do investimento: “Por um lado, creio que é o primeiro museu de
arqueologia industrial que se cria na Madeira; por outro lado espero que
ele venha a ser um farol do turismo cultural porque, efectivamente, é
através desta tipologia de instituições que se pode distinguir as
regiões e atrair mais pessoas”.
Segundo Luís Humberto Marcos, “dificilmente” se encontra “nalguma parte
do Mundo, para além de Portugal, um conjunto de máquinas tão
significativo e tão ilustrativo da evolução do equipamento tipográfico
que houve desde Gutenberg até à actualidade”.
“Eu espero que este museu, para além de ser - creio que o é - o primeiro
das regiões ultraperiféricas, ele pode e vai ser mais um passo
significativo no edifício, que é um pouco ainda utópico, que visa fazer de Portugal o país de Gutenberg”, afirmou.
Luís Humberto Marcos justificou: “Temos, de facto, espalhado por várias
cidades, um conjunto de equipamentos extraordinário e que ainda está um
pouco escondido, como estava, aliás, o equipamento que agora se vai
mostrar”.
O autor do projecto museográfico do Museu de Imprensa da Madeira
salientou que no espaço é possível “ver os grandes sectores que marcam a
história da imprensa, a fundição, a composição - manual e mecânica -, a
impressão, a gravura e a fase dos acabamentos”.
O director do Museu Nacional da Imprensa, sediado no Porto, sustentou
que o projecto “ultrapassa a dimensão regional”, salientando que a
narrativa estabelecida no novo museu “visa homenagear as grandes figuras
da história da imprensa a nível mundial”, acreditando que, desta forma,
se alarga “o interesse da Madeira e de Câmara de Lobos sobre uma área
que tem uma importância civilizacional extraordinária”.
O responsável adiantou que o espaço homenageia, também, a imprensa, “a
partir da insígnia do primeiro jornal da Madeira”, O Patriota
Funchalense.
“Mostramos dezenas dos mais de 300 jornais que a Madeira teve. Há aqui
uma homenagem não só à arqueologia industrial, mas à própria imprensa,
como órgão difusor do saber”, disse Luís Humberto Marques,
acrescentando: “Não tenho condições para dizer se houve outra região
insular com mais jornais do que a Madeira, mas mais de 300 jornais desde
1821 até à actualidade é obra que vale a pena destacar e nós quisemos
fazê-lo”.
Fonte: Site da CMCL
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