Paróquia
de Câmara de Lobos
CRIAÇÃO,
ORAGO E SEDE
A paróquia
de Câmara de Lobos tem por orago São Sebastião e a
sua criação
remonta ao início do povoamento da Madeira, apontando-se o ano
de
1430, como tendo sido o mais provável. Até 1960, à
freguesia de Câmara de Lobos, correspondeu uma única
paróquia.
Contudo, na sequência de um Decreto Episcopal de 24 de Novembro
de
1960, esta paróquia subdividir-se-ia em três:
Paróquia
de Câmara de Lobos, que ficaria assim mais reduzida, com apenas
6.700 almas,
Paróquia do Carmo e
Paróquia de
Santa Cecília.
LIMITES
O seu limite Norte
parte
das fraldas da Rocha do sítio do Caminho Grande e Preces, pelo
eixo
da vereda da Fonte da Rocha. Atravessa a ribeira do Vigário.
Sobre
pelo eixo da vereda do Ilheuzinho. Entra no antigo caminho do Dr.
Figueira
e segue, pelo eixo deste, até à casa de Fernando Eloy,
donde
sobe pela linha de água da levada, que desce do Pico da Torre,
para, por meio de uma linha recta, se ir encontrar com a nova estrada
do
Pico. Desce pelo eixo desta até à porta de entrada de
Agostinho
de Sousa, donde passa para o caminho do Pico, para entrar na vereda que
vai dar ao caminho da Palmeira. Desce pelo eixo deste até
à
vereda da Palmeira de Baixo, entra nela e segue até à
ribeira
dos Socorridos.
A Leste o seu limite é
a ribeira dos Socorridos. A Oeste o seu limite parte da vereda da Fonte
da Rocha e desde pelas fraldas da Rocha do sítio do Caminho
Grande
e Preces, passando pela parte alta da Fonte da Rocha e do sítio
de Belém, até aos Regos e ao mar.
PÁROCOS
Segundo os autores
do Elucidário
Madeirense, apesar de se desconhecerem os primeiros sacerdotes que
nesta
paróquia exerceram funções paroquiais sabe-se que
entre 1570 a 1680 foram párocos de Câmara de Lobos os
padres
Manuel Rodrigues, Belchior Drumond, Diogo
Nunes, Gaspar Luiz, Francisco
de Aguiar, Pêro Ferreira, Luiz da Cunha, António
de Novais Ferreira,
Bernardino Teles de Meneses, Pedro do Rêgo
Machado, José Pinheiro
Taveira e Inácio Alves de Carvalho.
Em Abril de 1782, o
lugar de vigário de Câmara de Lobos encontrava-se vago
devido à morte do padre
João
Bettencourt da Câmara. Para o seu lugar haveriam de se
candidatarem 35 sacerdotes, sendo proposto contudo pelo bispo a escolha
de um entre os padres António Agostinho de Carvalho, João
de Freitas Abreu e José Francisco Bettencourt.
Relativamente ao padre António Agostinho de Carvalho,
ele por essa altura teria 43 anos de idade, 17 de presbítero e
14 de confessor. Era, havia 3 anos, vice-vigário da colegiada de
Santa Cruz e, anteriormente, havia servido de vigário na
colegiada de Machico durante um ano, na colegiada de Câmara de
Lobos outro ano e na igreja de Gaula dois anos.
Em 1729 era
vigário em Câmara de Lobos, o padre Tomé Barreto.
Em Novembro de 1793, havia 11 anos que era pároco em
Câmara de Lobos, o padre
João
Filipe Moniz Barreto. É provável que se tenha
mantido nessas funções até 1796, altura em que
assume idênticas funções na paróquia do
Estreito de Câmara de Lobos.
A 4 de Outubro de 1835,
a quando da instalação do concelho de Câmara de
Lobos,
era pároco de São Sebastião, o padre Valério
António Camacho, que é suposto ter ocupado essas
responsabilidades
até à altura da sua morte, ocorrida na freguesia de
Câmara
de Lobos, no dia 8 de Agosto de 1856.
Em 1858, depois de cerca
de 2 anos como vice-vigário de Câmara de Lobos, o padre
António
Silvino Gonçalves Andrade,
por carta régia de 13 de Novembro
de 1858 é elevado à dignidade de pároco efectivo
ou
colado de Câmara de Lobos, cargo que toma posse a 10 de Janeiro
de
1859 e onde se haveria de manter até 1898, altura em seria
exonerado
das suas funções, na sequência de um pedido nesse
sentido,
por si efectuado, dois anos antes.
Contudo, de acordo com a acta da CMCL de 9 de Fevereiro de 1887, o nome
de
Jorge Luís Monteiro, surge como pároco de
Câmara de Lobos, admitindo-se, no entanto ser cura e não
pároco. Na acta da CMCL de 22 de Junho de 1887, surge o nome do
padre António Leandro Froes em
representação do pároco da freguesa de
Câmara de Lobos.
É provável
que, a substitui-lo ficasse o padre João Joaquim de Carvalho
que, desde 1 de Março de 1896 ali era cura e que a 15 de Abril
de
1898, viria a ser nomeado vice-vigário. É provável
que a nomeação a 1 de Março de 1896 do padre
João
Joaquim de Carvalho, para cura de Câmara de Lobos, tivesse em
vista
a substituição do padre Jorge Luiz Monteiro, que por sua
vez havia sido nomeado cura de Câmara de Lobos, a 30 de Junho de
1878.
Em Julho de 1900, contra
a vontade de influentes políticos, que preferiam o padre o
então
vice-vigário, João Joaquim de Carvalho, seria nomeado
pároco
da paróquia de São Sebastião, o padre Luís
Maria Gomes, na mesma altura em que o padre Padre João Joaquim
de
Carvalho, era transferido para a Ponta do Sol.
O padre Luís Maria
Gomes, ao que tudo leva a crer, apesar de ter assumido as respectivas
funções
nunca viria a ser empossado no cargo, não só por
oposição
de parte da população, como também porque
faleceria
poucos meses depois, deixando desta forma aberta a porta para o
regresso
do padre João
Joaquim de Carvalho que, a 10 de
Janeiro de 1901 viria a ocupar o seu
lugar e onde se manteria até 24 de Outubro de 1936, altura
em que é nomeado Cónego da Sé Catedral.
Contudo, antes da
nomeação do Padre João Joaquim de Carvalho seria,
nomeado no dia 3 de Dezembro de 1901, vice-vigário de
Câmara de Lobos, o padre João Correia.
Para substituir o padre
João Joaquim de Carvalho é nomeado, a 11
de Novembro de 1936,
o padre António
Pinto da Silva, que desde Outubro de
1928 ocupava o cargo de seu coadjutor
nesta paróquia. Nas suas funções, o padre
António
Pinto da Silva viria a ser coadjuvado pelo padre
Abel
Ferreira
que desde 13 de Outubro de 1930, já
vinha exercendo a actividade de cura em Câmara de Lobos e onde se
manteria até 1960, até a sua nomeação para
vigário da paróquia de Santa Cecília. Com a morte
do padre António Pinto da Silva, ocorrida no dia 6 de Janeiro de
1962, assumiria as funções de pároco, o padre
António
Rodrigues Ferreira.
Sucedeu-lhe o padre
José António de
Freitas que permaneceu nessas
funções até à sua morte, altura em que
assume de forma provisória, os destinos da paróquia, o
padre Agostinho
Bonifácio Sousa Nóbrega dos Santos. No dia 24 de
Outubro de 2010 toma posse do cargo de pároco de São
Sebastião, o padre Manuel
Jorge Fernandes Neves e que havia
sido
dispensado das funções de Pároco do Estreito de Câmara de Lobos e
Garachico, que vinha até então exercendo [Decreto Episcopal de 8 de
Setemnro de 2010]. Por Decreto Episcopal de 25 de julho de 2022, o padre Manuel Jorge Fernandes Neves é nomeado Capelão das Irmãs clarissas do
Mosteiro de Nossa Senhora da Piedade e da Comunidade das Irmãs Franciscanas de
Nossa Senhora das Vitórias do Lar Vila de Nossa Senhora da Assunção (Palacete),
sendo dispensado do anterior ofício.
Por Decreto Episcopal de 25 de julho de 2020, o padre Emanuel Eleutério Figueira de Ornelas é nomeado Vigário paroquial das paróquias de São Sebastião e do Carmo, na
freguesia de Câmara de Lobos.Na sequência deste mesmo Decreto é nomeado pároco de Câmara de Lobos, acumulando com o seu anterior ofício o padre Marcos Paulo de Abreu Pinto.
Por
Decreto Episcopal de 31 de julho de 2021, o Padre João Diogo
Gonçalves é nomeado vigário paroquial do Carmo
(Nossa Senhora do Carmo) e de Câmara de Lobos (São
Sebastião) e membro do Comité Organizador Diocesano (COD)
das Jornadas Mundiais da Juventude Lisboa 2023.
Na sequência do Decreto Episcopal de 30 de julho de 2022, o
padre João Diogo Silva Gonçalves, membro da Equipa do
Seminário Diocesano do Funchal e Pároco da
Paróquia do Curral das Freiras é dispensado do
ofício de Vigário Paroquial do Carmo e Câmara de
Lobos. Na sequência do mesmo Decreto, o padre Pedro Filipe de
Góis Nóbrega, nomeado Pároco da Paróquia de
Câmara de Lobos (São Sebastião) e Vigário
Paroquial do Carmo (Câmara de Lobos). Delegado Diocesano Obras
Missionárias Pontifícias; O Padre Marcos Paulo de Abreu
Pinto, nomeado Vigário paroquial da Paróquia de
Câmara de Lobos (São Sebastião);
CURAS DE
CÂMARA DE LOBOS
Em 30 de Setembro
de 1927 foi nomeado coadjutor de Câmara de Lobos, o padre César Teixeira da Ponte,
que, em princípios de Dezembro de 1927, viria a ser nomeado
pároco doPorto Santo.O padre Agostinho Ferreira
de Andrade, foi coadjutor da paróquia de Câmara de
Lobos, por carta de 4 de Outubro de 1928. Nessas funções
faleceu vítima de tétano no dia 17 de Agosto de
1930, aos 29 anos de idade. O padre Abel
Ferreira
foi nomeado cura de Câmara
de Lobos a 13 de Outubro de 1930, tendo exercido essas
funções durante cerca de 30 anos, ou seja, até
1960, altura em que é nomeado para vigário da
paróquia de Santa Cecília.
O
padre Manuel
Júlio I. de Castro foi nomeado a 8 de Junho de 1951
segundo cura da paróquia de Câmara de Lobos e
capelão do Convento de Nossa Senhora da Piedade, em Câmara
de Lobos.
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