Pestana, Sebastião Abel



Sebastião Abel
Pestana, filho de António Pestana e de Carolina Angélica de Faria,
nasceu na freguesia de Câmara de Lobos, Ilha da Madeira, em 12 de
Fevereiro de 1908.
Fez os estudos
primários na Escola Oficial da Vila de Câmara de Lobos, e os estudos
secundários, no Liceu do Funchal.
Licenciou-se em
Filologia Românica, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Foi professor
do Ensino Secundário em vários Colégios e no Liceu de Camões, em
Lisboa.
Colaborou na
“Revista de Cultura”, do Rio de Janeiro e na revista “Portucale”, do
Porto.
Colaborou na
“Revista de Portugal”, série A, Língua Portuguesa, na revista
“Ocidente” e em “A Bem Da Língua Portuguesa”, boletim mensal da
Sociedade de Língua Portuguesa, todas publicações de Lisboa.
Foi co-Director
da revista “Portucale”, do Porto.
Em Março de
1961, foi equiparado a Bolseiro, pelo Instituto de Alta Cultura, de
Lisboa, para, a convite da Universidade de La Laguna (de Tenerife),
proferir algumas conferências sobre Literatura Portuguesa na Facultad
de Filosofia y Letras: “La niñez como tema de Poesia”; “Los aspectos
sociales del Teatro de Gil Vicente”; “Florbela Espanca y su drama”.
De 1961/62 até
1964/65, foi Leitor de Português e Professor Encargado de Curso de
Lengua Portuguesa, Historia de la Lengua Portuguesa e Historia de la
Literatura Portuguesa, na Facultad de Filosofia y Letras, da
Universidad de La Laguna.
Era membro do
Instituto de Estudios Canarios.
Foi Assistente
dos Estudos Gerais Universitários de Angola (Sá da Bandeira) desde
1966; foram-lhe atribuídas as regências das aulas teóricas de
Linguística Portuguesa (I e II partes) e Literatura Portuguesa (II
parte).
Nessa qualidade
participou do I Simpósio de Língua Portuguesa Contemporânea, realizado
em Coimbra, em 1967.
Foi Assistente
da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Foi, de novo,
convidado para Professor Assistente da Universidade de Luanda (Sá da
Bandeira), onde permaneceu até ao ano lectivo de 1974/75.
Era Membro da
Academia Portuguesa de História. Na qualidade de Académico, em todas
as suas Comunicações, exaltava a Terra Bendita.
Dedicava, desde
sempre, aos Órgãos de Comunicação da sua Ilha, miudadamente, o assíduo
entusiasmo dos seus artigos, das suas entrevistas, das suas
conferências, do seu convívio.
Falecia em 12
de Outubro de 1993.
Está confiado
para tratamento informático e publicação, a Sua Excelência o
Comissário Geral da Comissão Nacional para a Comemoração dos
Descobrimentos Portugueses, Dr. Vasco Graça Moura, o espólio que
Sebastião Pestana deixou e concerne o Dicionário de Gil Vicente.
BIBLIOGRAFIA
Publicou:
1. Pequenos
Ensaios dispersos, Aveiro, 1934;
2. Apontamentos de Língua Portuguesa, Porto, 1941; (separata da
revista portuense Portucale, fundada e dirigida por Cláudio Basto);
3. Nótulas
de Filologia Portuguesa, Porto, 1942;
4. Estudos
de Linguagem, Porto, 1944;
5. Gil
Vicente, “Auto da Alma”, edição escolar, com prefácio de Eduardo
Antonino Pestana, Lisboa, 1948;
6. Subsídios
para uma edição do “Auto da Alma, de Gil Vicente”, apud Miscelânea in
Memoriam de Cláudio Basto, Porto, 1948;
7. Um caso
de Fonética Histórica; resposta a um catedrático brasileiro: o Prof.
Doutor Silveira Bueno, Lisboa, 1948;
8. O Acordo
Ortográfico luso-brasileiro, Lisboa, 1948;
9. Gil
Vicente, “Auto da Alma”, com texto facsimilado da edição de
1562; edição subsidiada pelo Instituto de Alta Cultura, Lisboa, 1951;
10.
Considerações sobre o motivo de Olivença, Lisboa,1958;
11. Gaspar
Frutuoso, “Las Islas Canarias”, de “Saudades da Terra”; de colaboração
com os Profs. da Universidade de La Laguna: D.Elias Serra Rafols e
D.Juan Régulo Perez; o XII volume da colecção: Fontes Rerum Canariarum,
La Laguna de Tenerife, 1964;
12. Auto de
Los Reyes Magos ( texto castelhano, anónimo, do século XII); o
1º tomo da colecção Teatro Ibérico, Lisboa, 1965;
13.
Contribuição para o estudo das “Cortes de Júpiter”, de Gil Vicente,
Lisboa, 1965;
14. Do Ensino
da Língua Portuguesa nas Universidades de Língua Castelhana;
comunicação apresentada na III Secção do VI Colóquio Internacional de
Estudos Luso-Brasileiros, Sá da Bandeira, 1966;
15. Na Revista
de Portugal, série A, Língua Portuguesa, publicou, desde 1948 a
1993:
a) Notas de
Linguagem;
b) Estudos
Gil-vicentinos;
c) Nótulas
Camonianas;
d) O
falar Madeirense.
16. De Lisboa
a Tenerife, Sá da Bandeira, 1967;
17. Em volta
de Gil Vicente; O auto sacramental, Sá da Bandeira, 1968;
18. Gil
Vicente e a Igreja, Funchal, 1968;
19. A Língua
Portuguesa no mundo, Sá da Bandeira, 1968;
20. Gil
Vicente em face da epopeia, Sá da Bandeira, 1968;
21. A Virgem
Maria no “Auto da Sibila Cassandra” de Gil Vicente, Sá da Bandeira,
1969;
22. Do
Escândalo de nos Proclamarmos Cristãos, Sá da Bandeira, 1969;
23. Nótulas
Gil-Vicentinas, Sá da Bandeira, 1969;
24. O “Auto da
Visitação” de Gil Vicente, La Laguna, 1970;
25. Na
escalada da Epopeia, Funchal, 1970;
26. Silva
Gil-Vicentina, Lisboa, 1971;
27. Pequena
amostra do “Dicionário de Gil Vicente”, Lisboa, 1971;
28. A caminho
da “Tuba Canora e Belicosa”, Conferência, Sá da Bandeira, 1972;
29. Estudos
Gil-Vicentinos, 1º Vol., Sá da Bandeira, 1972;
30. Lu¡s de
Camões, Sobolos rios que vão..., Sá da Bandeira, 1972; Edição da
Câmara Municipal para Comemoração do 4º Centenário da publicação d'Os
Lusíadas;
31. Um passo da
VII Écloga
Camoniana, separata da Evphrosyne, da Faculdade de Letras de Lisboa,
Vol. V, nova Série, Lisboa, 1972;
32. Um poema
de Gabriela Mistral, Sá da Bandeira, 1974;
33. Do núcleo
da “Farsa de Inês Pereira” de Gil Vicente, Sá da Bandeira, 1974;
34. O “Pranto
de Maria Parda”, de Gil Vicente, Sá da Bandeira, 1975;
35. Estudos
Gil-Vicentinos, 2º Vol., Sá da Bandeira, 1975;
36. O “Auto
Pastoril Castelhano”, de Gil Vicente, Lisboa, 1978;
37. Auto dos
Reis Magos, de Gil Vicente, Lisboa, 1979;
38. Sôbolos
rios que vão..., de Lu¡s de Camões, obra subsidiada pelo Instituto
Português do Património Cultural, Lisboa, 1981.
39. Um troço do
diálogo “Cerro Ventoso - Frei Narciso”, da Romagem de Agravados, de
Gil Vicente, Separata dos Arquivos do Centro Cultural Português,
Fundação Calouste Gulbenkian, Paris, 1982.
40. “Auto de
São Martinho” de Gil Vicente, Instituto Português do Património
Cultural, 1985.
41. Um formoso
salmo de Gil Vicente, Separata da “Revista de
Portugal”, 1987.
Manuel António Morais Pestana
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