Pulgão da
vinha
Depois da
rebentação da vinha aparece sempre este insecto, muito conhecido de
todos os vinhateiros e que também causa os seus estragos roendo as
pequenas folhas do extremo dos gomos e até os sarmentos tenros.
O pulgão é
um pequeno insecto de cor verde azulada, de antenas pretas, de corpo
oval com o comprimento de 4 a 5 milímetros, tendo as patas
esverdeadas.
É originário
da Espanha, onde causa anualmente grandes prejuízos, bem como em
Portugal e principalmente na Algeria.
O pulgão
aparece no principio da primavera, quando rebentam as vinhas, como
dissemos.
Passa o
Inverno escondido nas cascas da videira, nos buracos, nos muro; de
pedras, nos montes das folhas secas, que estão pelo chão, etc., etc.
Abril é a
época em que o pulgão aparece em grandes quantidades, crivando de
buracos as folhas e os tenros rebentos.
Entre estes
insectos uns são machos, outros fêmeas; pela reprodução, a fêmea põe
vinte ou mais ovos, de cor amarela, na pagina inferior das folhas.
O ovo tem a
forma elíptica, e meio milímetro de comprimento.
Passados
oito dias, nasce de cada ovo uma pequena lagarta, que se alimenta de
folhas e atinge o estado adulto no prazo de vinte dias.
A larva toma
então a cor negra. O comprimento de cada lagarta é de meio milímetro
ou de pouco mais e são dotadas de seis patas.
A lagarta,
passado uni pouco de tempo, desce da videira e vem esconder-se no solo
à profundidade de 10 centímetros, organizando aí uma pequena guarita
para se transformar em nympha.
Outras vezes
as lagartas escondem-se nas entrecascas dos ramos ou nos despojos
vegetais, folhas, ramos, etc., que se encontram à superfície da terra.
A nympha é
branca nos primeiros dias, tornando-se mais tarde escura e pouco a
pouco vai adquirindo as formas com que o insecto perfeito deve ser
dotado.
No principio
da primavera o pulgão em forma de insecto perfeito, sobe à superfície
da terra e salta para as videiras, para recomeçar com as metamorfoses
da sua vida.
As folhas
atacadas pelo pulgão apresentam-se todas crivadas de buracos, assim
como os sarmentos, causando isto consideráveis prejuízos.
A destruição
do pulgão pode fazer-se pela sua colheita ou por meio de insecticidas.
A colheita
deve ser feita nas primeiras horas da manhã, quando o pulgão ainda
está dormente e emprega-se na operação um funil de boca larga atado á
extremidade de um saco.
Este funil
coloca-se por baixo das folhas onde está o pulgão, e sacudindo o ramo,
o pulgão cai dentro do funil e depois para dentro do saco; acabada a
colheita lança-se agua a ferver pelo funil, de modo que mate os
pulgões, e despeja-se em seguida o saco na capoeira das aves
domesticas para os comerem.
Todas as
folhas que estejam completamente cheias de ovos ou lagartas devem ser
colhidas e depois queimadas
[1].
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