Primitivamente conhecido
por caminho da Azinhaga passou por deliberação camarária
de 25 de Junho de 1952, a denominar-se de Rua Capitão Armando Pinto
Correia, sendo a 28 de Setembro de 1952, num acto de grande solenidade,
colocadas as respectivas placas toponímicas.
Rua existente na freguesia
do Estreito, mais precisamente no seu centro, por detrás da Igreja
paroquial de Nossa Senhora da Graça, estendendo-se desde a rua da
Igreja, ao nível da sua união com a rua Dr. António
Vitorino de Castro Jorge, até à rua Fundação
D. Jacinta de Ornelas.
Primitivamente conhecido
por caminho da Azinhaga passou por deliberação camarária
de 25 de Junho de 1952, a denominar-se de Rua
Capitão Armando Pinto
Correia, sendo a 28 de Setembro de 1952, num acto de grande solenidade,
colocadas as respectivas placas toponímicas. Para além dos
arruamentos que referenciam o seu início e fim, esta rua possui
ligações com a travessa dos Canários que faz a conexão
com a rua Dr. António Vitorino de Castro Jorge.
Os pontos relevantes
da rua
Nesta rua encontram-se
sitiados a estação dos Correios e Telecomunicações,
cujas instalações foram inauguradas a 2 de Julho de 1988;
o edifício da Junta de Freguesia e Casa do Povo do Estreito inaugurado
no dia 14 de Maio de 1996; a sede da Fundação D. Jacinta
de Ornelas; a farmácia Elsa, cujo alvará data de 4 de Dezembro
de 1957 e o Centro Inter-gerações, isto naturalmente para
além de vários estabelecimentos comerciais. Junto ao cruzamento
com a rua da Igreja no prédio onde desde 28 de Abril de 1984 funciona
o Banif, existiu uma mercearia denominada de Transvaal, que no dia 18 de
Junho de 1929 serviu de sede para a instalação do primeiro
telefone na freguesia do Estreito.
Estiveram também
sitiados na rua Capitão Armando Pinto Correia, uma das escolas masculinas
da freguesia, desactivada no início dos anos 80 e ainda, desde 10
de Setembro de 1984 até Março de 1995, altura em que foram
transferidos para o edifício sede do Grupo Desportivo do Estreito,
os serviços locais da Direcção Regional de Segurança
Social. Foram, aliás nestas instalações deixadas devolutas
mas pertença, por contrato de arrendamento, desta Direcção
Regional, que no dia 10 de Outubro de 1996 se instalou o Centro Inter-gerações,
um projecto da Escola Preparatória e Secundária do Estreito
criado no ano anterior no âmbito das actividades de complemento curricular,
com o objectivo de fomentar uma troca de saberes e experiências entre
jovens e idosos.
Durante alguns anos, antes
da sua transferência para a actual rua João Augusto de Ornelas,
funcionou ainda neste arruamento num espaço cedido pela Fundação
D. Jacinta de Ornelas, o Centro de Saúde, na altura denominado de
Dispensário Materno-Infantil.
A sede da Junta e da
Casa do Povo
Relativamente ao edifício
da sede da Junta de Freguesia e Casa do Povo, concebido segundo um projecto
do arquitecto Ricardo Ferreira e construído pelo Governo Regional
haverá a destacar, que o terreno onde se encontra implantado resultou
de uma permuta com outro situado próximo e cedido à Câmara
Municipal pelos herdeiros de António Prócoro de Macedo, como
exigência desta, afim de que o processo de loteamento de uma parte
da sua propriedade anexa à rua do Capitão Armando Pinto Correia
pudesse ser aprovado. Com efeito, segundo, a acta da sessão camarária
de 6 de Abril de 1989, esta cedência efectuada à Câmara
Municipal não era mais do que a área correspondente ao afastamento
obrigatório que qualquer construção junto de vias
municipais teria de fazer. Posteriormente a Câmara, na sua sessão
de 25 de Janeiro de 1990, aceita uma proposta de permuta desta fracção
de terreno com outra do mesmo loteamento, pertencente a José Adelino
Gonçalves e onde acaba por ser construído o edifício
da Junta e Casa do Povo.
Antes da actual localização,
a Junta de Freguesia havia estado situada, desde a sua criação,
após as eleições autárquicas de 1976, num prédio
situado no cruzamento da rua Prof. José Joaquim da Costa com a rua
da Achada em instalações antes ocupadas por um denominado
Centro Cultural e Recreativo do Estreito, enquanto que a Casa do Povo criada
a 26 de Fevereiro de 1970 havia passado por uma sede no sítio da
Ribeira da Caixa, à margem da estrada Regional, inaugurada a 28
de Maio do mesmo ano, depois pela antiga residência do Barão
de Ornelas e, a partir de Dezembro de 1990, altura em que é reactivada,
por uma sala no mesmo prédio então ocupado pela Junta de
Freguesia.
Fundação
D. Jacinta de Ornelas Pereira
Relativamente à
fundação D. Jacinta de Ornelas Pereira haverá a destacar
que foi criada por testamento de 5 de Março de 1949, pelo Dr. António
Pereira dos Reis, em memória de sua mãe, natural do Estreito
de Câmara de Lobos. Nesta fundação funciona desde 1985
um Centro de Actividades de Tempos Livres e desde 25 de Setembro de 1990
um Jardim de Infância. A sua sede situada nesta rua foi adquirida
em 29 de Abril de 1970 e era na altura da sua construção,
ocorrida nos anos de 1926/1927, um dos mais sumptuosos prédios da
freguesia, só encontrando paralelo, na casa da Quinta do Jardim
da Serra, que neste aspecto, não tem igual e na casa da Quinta do
Estreito.
A elevação
a vila passou por esta rua
Como curiosidade refira-se
ainda que esta rua foi o berço onde nasceu a elevação
da freguesia do Estreito à categoria de vila. Com efeito, no dia
4 de Agosto de 1993, por ocasião da inauguração das
obras de lançamento de esgotos e sua repavimentação,
Alberto João Jardim, presidente do Governo Regional, no seu discurso
alusivo ao acto, ao se referir ao Estreito chamou-o de vila, para posteriormente
desafiar os deputados do seu partido a elaborarem e a apresentarem na Assembleia
Regional a respectiva proposta de elevação a essa categoria,
o que viria a acontecer.
De azinhaga a rua -
pormenores de um conflito
No início do século,
a actual rua Capitão Armando Pinto Correia era um estreito caminho,
donde a sua primitiva denominação de azinhaga, cujo alargamento
por forma a permitir o trânsito automóvel, começa a
ser reivindicado em meados dos anos 20. Contudo, o seu alargamento, não
aconteceu sem que surgissem vários problemas, nomeadamente com a
igreja. Efectivamente, durante muitos anos, o pároco, com a alegação
de que não teria interesse para a freguesia, mas sim para alguns
particulares terá dificultado as obras, não permitindo o
alargamento da estrada, atrás da igreja, porque isso reduziria as
dimensões do adro nessa zona, facto que parece ter desencadeado
algum desentendimento entre os católicos e levado mesmo à
elaboração de um abaixo assinado por parte dos opositores
às obras de alargamento. Firme na sua decisão e consciente
da importância de tal melhoramento, a Câmara adjudica em Dezembro
de 1945, a Manuel Marques, da freguesia do Estreito, os trabalhos de alargamento
do caminho da azinhaga., que se iniciam no ano seguinte, a partir da outra
extremidade, ou seja, onde não existiam problemas com as expropriações
dos terrenos necessários. No entanto, na sessão camarária
de 30 de Outubro de 1946 a Câmara vê-se confrontada com a necessidade
de resolver o diferendo com a igreja, uma vez que as obras de alargamento
do caminho estavam quase concluídas, faltando unicamente a zona
em que este confrontava com o adro da igreja paroquial. Por esse facto
a Câmara decide entrar em negociações com o então
pároco, o Pe. José Porfírio Rodrigues acabando por
resultar daí o estabelecimento um contrato entre a igreja e a Câmara
Municipal de Câmara de Lobos, que em 13 de Agosto de 1947 é
proposto para rectificação no Conselho Municipal, onde supomos
que terá sido aprovado. Mediante esse contrato, a igreja cederia
o espaço necessário ao alargamento do caminho e, em contrapartida,
passaria a ficar detentora, do chamado Passal, terreno ocupado pelo antigo
cemitério e que lhe havia sido expropriado, para o efeito em 1871,
permanecendo propriedade da Câmara após a sua desactivação,
nos anos 20 e onde a 27 de Maio de 1937 havia chegado a implantar um jardim
público. Por outro lado, no terreno agora cedido à Igreja,
deveria ainda a Câmara Municipal a proceder à construção
de umas arrecadações que substituíssem as destruídas
em consequência do alargamento em causa.